segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Primeiro mapa.



O mapa babilônio do mundo, residente no British Museum de Londres, foi criado na Babilônia em torno do ano 500 a.C. como cópia de um original criado 200 anos antes que não se conservou até nossos dias. Trata-se de uma tabuinha de argila com desenhos e inscrições na qual se representa a visão que os bailônios tinham do mundo.






O mapa mostra duas circunferências concêntricas, bem como sete áreas triangulares rodeando a circunferência exterior. A área do interior do círculo representa o continente central, onde a cidade da Babilônia ocupa a parte central representada mediante um retângulo. Com outras figuras geométricas, os babilônios também representaram e puseram nome a outros povos contemporâneo como Assíria (ao noroeste da Babilônia), Uratu (atual Armênia, ao norte da Assíria) e Habban (atual Iêmen, ao sudoeste da Babilônia). Pese ao fato de que o povo babilônio conhecia os persas e egípcios, estes foram obviados totalmente nesta representação, certamente pelas rixas existentes entre eles.

A nível topográfico, o mapa representa as montanhas ao norte onde nasce o rio Eufrates, que é representado atravessando a cidade da Babilônia e desembocando na parte inferior do mapa nas duas circunferências. Estas duas circunferências concêntricas representam as águas salgadas (o mar).

O texto exterior a ambos lados da tabuinha mostra que o mapa tenta representar o mundo inteiro. A ênfase na distância entre os lugares que acompanha o mapa faz supor que o fim do mapa era representar e localizar regiões longínquas.

Reconstrução do mapa babilônico.

O texto no verso da tabuinha descreve as sete áreas triangulares, às quais são denominadas ilhas, em detalhe, ainda que é evidente que os babilônios sabiam pouco dessas ilhas. A primeira ilha corresponde com a representada no sudeste, e as sucessivas são descritas segundo o sentido das agulhas do relógio. Somente conserva-se a breve descrição de três das sete ilhas, das quais se diz brevemente: "Lugar do sol nascente", "O sol está escondido e nada se pode ver", "Para além do vôo dos pássaros".

Por último, a orientação do mapa tem na parte superior o Noroeste. Isto é devido a que, diferente de nosso sistema de pontos cardeais, o sistema de orientação babilônio se baseava nos ventos predominantes, sendo o vento noroeste um vento soprado pela deusa Ishtar.



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